Na gestão da fazenda, você já deve ter sentido o peso de tomar decisões importantes sem ter todas as informações que gostaria, enfrentando incertezas que podem custar caro ao seu bolso e à sua tranquilidade.
Eu sei como é frustrante ver o clima mudar de repente, os custos subirem e a produtividade oscilar, enquanto você tenta adivinhar o próximo passo para manter tudo nos trilhos.
Mas e se eu te dissesse que o Big Data pode ser o aliado que você estava precisando para transformar essa angústia em controle e resultados reais?
Imagine ter acesso a uma quantidade enorme de informações que mostram exatamente o que está acontecendo na sua terra, ajudando você a planejar cada ação com confiança.
Neste artigo, vamos conversar sobre como o Big Data está revolucionando a agricultura e a pecuária, trazendo clareza para a gestão da fazenda e aliviando aquele medo constante de errar.
O que você irá encontrar neste artigo:
Vou te guiar por conceitos práticos, exemplos do dia a dia e até os desafios que você pode enfrentar, tudo com a proximidade de quem entende suas dores e quer te ajudar a crescer.
Preparado para descobrir como os dados podem mudar sua realidade no campo?
O que é Big Data?
Big Data refere-se ao processamento de grandes quantidades de dados estruturados e não estruturados que não podem ser gerenciados com ferramentas tradicionais de banco de dados.
Ele envolve o uso de Inteligência Artificial, Machine Learning e Analytics para transformar dados brutos em insights estratégicos.
Esses dados são coletados continuamente a partir de diversas fontes, exigindo tecnologias avançadas para armazenamento, processamento e análise, com o objetivo de extrair informações úteis para a tomada de decisão.
No contexto da gestão da fazenda, Big Data é o uso de dados climáticos, do solo, de maquinário e da produção para otimizar decisões agrícolas e pecuárias.
Tecnologias como sensores IoT, drones, satélites e softwares agrícolas coletam e analisam essas informações, permitindo um planejamento mais eficiente e sustentável.
Machine Learning (Aprendizado de Máquina)
Machine Learning (ML) é um tipo de inteligência artificial que permite que os computadores aprendam com os dados sem serem programados diretamente para cada situação.
Na gestão da fazenda, o ML pode:
- Prever a produtividade da lavoura com base no clima, qualidade do solo e manejo agrícola.
- Identificar pragas e doenças analisando imagens das plantas tiradas por drones.
- Otimizar a alimentação do gado, ajustando a dieta dos animais conforme seu crescimento e necessidades nutricionais.
Isso significa que, com o tempo, esses sistemas ficam mais inteligentes e fazem recomendações cada vez mais precisas.
Analytics (Análise de Dados)
Analytics é o processo de analisar dados para encontrar informações úteis e tomar decisões melhores.
Diferente do Machine Learning, que aprende sozinho, o Analytics é o que permite que o produtor rural visualize e interprete os dados.
Por exemplo, ao usar um software de gestão da fazenda, você pode ver gráficos que mostram:
- Quando semear e colher para obter o melhor rendimento.
- Quanto fertilizante usar para evitar desperdícios.
- Seus custos e lucros, ajudando a planejar investimentos futuros.
Enquanto o Machine Learning descobre padrões automaticamente, o Analytics ajuda a entender e visualizar esses padrões.
Juntos, eles tornam a gestão da fazenda mais eficiente, produtiva e lucrativa.
Sabe aquele momento em que você olha para a gestão da fazenda e sente que está lidando com um mar de informações sem saber por onde começar?
Big Data é exatamente isso: um volume imenso de dados que, quando bem-organizados, viram ouro nas suas mãos, como explica John Naisbitt ao dizer que “estamos afogando em informações, mas famintos por conhecimento”.
Diferente dos dados tradicionais, que você anotava no caderno ou no Excel, o Big Data envolve dados massivos coletados em tempo real, como a umidade do solo ou o comportamento do gado, exigindo tecnologia para processá-los.
Na agricultura, o Big Data ajuda a prever o clima ou monitorar pragas, enquanto na pecuária ele pode rastrear a saúde dos animais ou otimizar a ração, tudo para facilitar a gestão da fazenda.
Pense no exemplo de um produtor de soja que usa dados de satélite para decidir o momento exato do plantio, ou de um pecuarista que ajusta a alimentação do rebanho com base em sensores.
É sobre trazer precisão para decisões que antes dependiam do instinto, transformando a gestão da fazenda em algo mais seguro e eficiente.
Benefícios do Big Data para Produtores Rurais
A gestão da fazenda está cada vez mais desafiadora, exigindo decisões rápidas e precisas para garantir produtividade e rentabilidade.
O uso do Big Data tem revolucionado o agronegócio, permitindo que os produtores rurais tomem decisões embasadas em dados concretos e não apenas na intuição.
A análise de informações detalhadas sobre clima, solo, insumos e mercado proporciona mais eficiência, reduzindo desperdícios e aumentando a lucratividade.
Tomada de decisão baseada em dados
Em um cenário de incertezas climáticas e oscilações de mercado, tomar decisões erradas pode gerar grandes prejuízos.
O Big Data possibilita a coleta e análise de informações em tempo real, permitindo que o produtor rural antecipe problemas e escolha as melhores estratégias.
Com sensores no campo, dados meteorológicos e softwares de gestão da fazenda, é possível prever períodos de seca, pragas e até o melhor momento para a colheita.
Isso reduz riscos e melhora a eficiência operacional.
Como dizia William Edwards Deming: “Sem dados, você é apenas mais uma pessoa com uma opinião”.
Otimização do uso de insumos
A aplicação descontrolada de fertilizantes e defensivos não apenas aumenta os custos, mas também pode comprometer a qualidade do solo e do meio ambiente.
O Big Data permite que o produtor utilize insumos de forma inteligente, aplicando a quantidade certa, no local exato e no momento ideal.
Com o uso de drones e sensores IoT, é possível mapear áreas com deficiência nutricional e aplicar fertilizantes apenas onde há necessidade.
Isso evita desperdícios, reduz impactos ambientais e melhora a gestão da fazenda, tornando-a mais sustentável e eficiente.
Redução de custos e desperdícios
Um dos maiores desafios da gestão da fazenda é manter a lucratividade em meio às flutuações de preços e aos custos crescentes de produção.
O Big Data ajuda a reduzir custos ao otimizar o uso de recursos e minimizar desperdícios.
Ao integrar dados sobre o consumo de água, combustível e insumos, o produtor pode identificar onde há excessos e ajustar sua estratégia.
Softwares agrícolas analisam essas informações e sugerem cortes de gastos sem comprometer a produtividade.
Isso significa mais eficiência e menos desperdício de dinheiro.
Aumento da produtividade
O Big Data permite um controle mais preciso da lavoura e da pecuária, aumentando a produtividade da fazenda.
Com base na análise de grandes volumes de dados, é possível entender quais fatores influenciam o rendimento da colheita e do rebanho.
Por exemplo, a análise preditiva pode indicar a melhor época para plantar determinada cultura, considerando as previsões climáticas e o histórico de produtividade do solo.
Na pecuária, sensores podem monitorar a saúde dos animais em tempo real, prevenindo doenças e melhorando a conversão alimentar.
Com essas informações em mãos, o produtor rural pode tomar decisões mais estratégicas, maximizando sua produção sem a necessidade de aumentar a área cultivada ou o número de animais.
Melhoria na rastreabilidade e sustentabilidade
A rastreabilidade dos produtos agrícolas e pecuários se tornou uma exigência do mercado e dos consumidores, que querem saber a origem dos alimentos que consomem.
O Big Data permite registrar cada etapa da produção, garantindo transparência e agregando valor ao produto final.
Com a análise de dados, é possível documentar todas as práticas adotadas na fazenda, desde o uso de defensivos até o transporte da mercadoria.
Isso fortalece a confiança do consumidor e facilita o acesso a mercados que exigem certificações de qualidade.
Além disso, a sustentabilidade é beneficiada com a gestão da fazenda baseada em dados, pois há um melhor aproveitamento dos recursos naturais, redução do impacto ambiental e cumprimento de normas ambientais.
Quais são os 5 Vs do Big Data?
Para entender a essência do Big Data na gestão da fazenda, é fundamental conhecer os cinco Vs que definem sua complexidade.
Volume
Você já se sentiu sobrecarregado tentando entender tudo o que acontece na gestão da fazenda, como se fosse impossível acompanhar cada detalhe?
O Volume no Big Data é essa avalanche de informações que chega todos os dias, como os gigabytes de dados coletados por sensores no solo, drones ou máquinas de uma fazenda de médio porte, podendo chegar a 500 GB diários só na safra.
Imagine um produtor de milho que registra temperatura, umidade e crescimento das plantas em cada hectare – o Big Data lida com essa quantidade imensa sem deixar você perdido.
É o que te permite armazenar e organizar tudo, transformando caos em algo útil para a gestão da fazenda.
Velocidade
Sabe aquela ansiedade de não saber se uma chuva vai estragar sua colheita enquanto você tenta decidir o que fazer na gestão da fazenda?
A Velocidade do Big Data é a rapidez com que os dados chegam e são processados, como um alerta em tempo real de um sensor avisando que o gado está agitado ou que o solo secou demais.
Com o Big Data, você reage rápido, ganhando controle sobre imprevistos na gestão da fazenda.
Variedade
Já ficou confuso tentando juntar informações de lugares diferentes na gestão da fazenda, como anotações no caderno e relatórios de máquinas?
A Variedade do Big Data é a mistura de dados que ele consegue lidar, desde imagens de satélite mostrando pragas até registros de peso do gado ou vídeos de drones sobre a lavoura.
Um agricultor de Goiás combinou dados de solo com previsões climáticas para decidir a semeadura, algo que o Big Data organiza em um só lugar.
Isso te ajuda a enxergar o todo, simplificando a gestão da fazenda com clareza.
Veracidade
Você já tomou uma decisão na gestão da fazenda e depois descobriu que as informações estavam erradas, sentindo aquele peso da incerteza?
A Veracidade do Big Data é sobre confiar nos dados, garantindo que sensores estejam calibrados ou que a previsão do tempo seja precisa, como quando um produtor evitou irrigar demais por corrigir um erro nos registros.
Sem dados confiáveis, o Big Data perde força, mas com ele você tem a segurança de agir sem medo.
É um alívio saber que a gestão da fazenda está baseada em verdades, não em suposições.
Valor
Sabe aquele momento em que você olha para a gestão da fazenda e se pergunta se todo esforço vai valer a pena?
O Valor do Big Data é o que faz tudo fazer sentido, transformando números em decisões que aumentam o lucro, como um fazendeiro que usou dados para cortar 30% dos custos com fertilizantes sem perder produtividade.
Como disse Peter Drucker, “o que não é medido não é gerenciado”, e o Big Data te dá o poder de medir e lucrar. É o que traz paz e resultados concretos para a gestão da fazenda.
Tecnologias Envolvidas no Big Data para Fazendas
A gestão da fazenda moderna exige ferramentas avançadas para coletar, armazenar e analisar grandes volumes de dados.
O Big Data só se torna útil quando há tecnologias capazes de transformar informações brutas em conhecimento aplicável.
Sensores, drones, softwares e inteligência artificial trabalham juntos para permitir decisões mais estratégicas e precisas no campo.
Sensores IoT (Internet das Coisas)
A Internet das Coisas (IoT) revolucionou a gestão da fazenda, permitindo que sensores conectados monitorem tudo em tempo real.
Sensores de solo medem umidade, temperatura e nutrientes, ajudando a ajustar a irrigação e a aplicação de fertilizantes.
Na pecuária, colares inteligentes monitoram o comportamento e a saúde dos animais, indicando se uma vaca está no cio ou se um boi apresenta sinais de doença.
Isso reduz perdas, melhora a produtividade e otimiza o uso de insumos.
Drones e Imagens de Satélite
Drones agrícolas e imagens de satélite fornecem uma visão detalhada da lavoura, permitindo o monitoramento de grandes áreas de forma eficiente.
Com essas tecnologias, é possível:
- Identificar falhas na semeadura;
- Detectar pragas e doenças antes que se espalhem;
- Avaliar a necessidade de irrigação ou aplicação de insumos.
Esses dados são integrados aos sistemas de gestão da fazenda, permitindo uma tomada de decisão mais ágil e precisa.
Sistemas de Informação Geográfica (SIG)
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são essenciais para mapear a fazenda e entender a relação entre os diferentes fatores ambientais. Eles permitem:
- Criar mapas de produtividade para cada talhão da lavoura;
- Definir zonas de manejo personalizado;
- Melhorar a distribuição de culturas e a logística da fazenda.
Com essas ferramentas, o produtor pode maximizar a eficiência da terra e reduzir custos operacionais.
Inteligência Artificial e Machine Learning
A Inteligência Artificial (IA) e o Machine Learning permitem que os sistemas aprendam com os dados e façam previsões cada vez mais precisas.
No campo, isso significa:
- Previsão de safras com base no clima e nos padrões de produtividade;
- Diagnóstico automático de pragas e doenças analisando imagens das plantas;
- Sugestões personalizadas para o uso de insumos, aumentando a eficiência da gestão da fazenda.
Com esses recursos, o produtor toma decisões mais assertivas e reduz riscos.
Software de Gestão Agrícola e/ou da Pecuária
Os softwares de gestão da fazenda centralizam todas as informações, permitindo que o produtor acompanhe sua operação em tempo real.
Eles integram dados de sensores, drones, SIG e inteligência artificial, gerando relatórios que facilitam a tomada de decisão.
Entre suas principais funções estão:
- Controle financeiro e planejamento da produção;
- Gestão da colheita e do armazenamento de grãos;
- Monitoramento da saúde e da nutrição dos animais.
Com um software robusto, a gestão da fazenda se torna mais profissional e eficiente.
Desafios na Implementação do Big Data no Campo
O Big Data tem o potencial de transformar a gestão da fazenda, tornando-a mais eficiente, produtiva e sustentável.
No entanto, sua implementação enfrenta desafios significativos.
Questões como infraestrutura, conectividade, capacitação da mão de obra, segurança de dados e custo inicial precisam ser superadas para que os benefícios da tecnologia cheguem a todos os produtores rurais.
Infraestrutura e Conectividade
Um dos maiores desafios da adoção do Big Data no campo é a falta de conectividade.
Muitas regiões rurais ainda sofrem com a baixa cobertura de internet e redes móveis, dificultando a transmissão de dados em tempo real.
Sem uma infraestrutura adequada, sensores IoT, drones e softwares de gestão da fazenda não conseguem operar de forma plena.
O avanço da internet via satélite e a expansão da conectividade 5G podem mudar esse cenário, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
Capacitação de Produtores Rurais e Trabalhadores Rurais
A gestão da fazenda baseada em Big Data exige uma mudança cultural.
Muitos produtores rurais ainda estão acostumados a tomar decisões com base na experiência e na intuição.
O uso de dados requer novas habilidades e conhecimento técnico.
A capacitação dos trabalhadores também é essencial.
Operar sensores, interpretar relatórios e utilizar softwares agrícolas são tarefas que demandam treinamento.
Sem esse conhecimento, os benefícios do Big Data podem ser limitados.
Segurança e Privacidade dos Dados
A digitalização do agronegócio trouxe um novo desafio: a segurança da informação.
O armazenamento de dados da gestão da fazenda em nuvens e servidores externos expõe os produtores a riscos de ataques cibernéticos.
Questões como quem terá acesso às informações e como evitar vazamentos são preocupações constantes.
Garantir a privacidade dos dados é fundamental para que os produtores confiem na tecnologia e adotem o Big Data sem receios.
Custo Inicial e Retorno Sobre Investimento (ROI)
A implementação de tecnologias de Big Data exige investimentos iniciais consideráveis.
Sensores, drones, softwares e treinamentos representam custos que nem todos os produtores conseguem arcar de imediato.
No entanto, a gestão da fazenda baseada em dados pode gerar um excelente retorno sobre o investimento (ROI).
A otimização do uso de insumos, a redução de desperdícios e o aumento da produtividade tendem a compensar os custos ao longo do tempo.
Mesmo assim, muitos produtores hesitam em adotar a tecnologia por não enxergarem os resultados de forma imediata.
O Futuro do Big Data na Agricultura e na Pecuária
A tecnologia está transformando a maneira como produzimos alimentos, e o Big Data será o alicerce dessa nova revolução no campo.
Quem deseja garantir a sustentabilidade e a competitividade da sua fazenda precisa olhar para o futuro e entender como os dados podem moldar a gestão da fazenda nos próximos anos.
A Agricultura 4.0 e a Pecuária 4.0 já são realidades e prometem tornar o setor agropecuário ainda mais eficiente.
Tendências Tecnológicas e o Papel da Agricultura 4.0 e da Pecuária 4.0
A Agricultura 4.0 é baseada na automação e na integração de tecnologias para melhorar a gestão da fazenda.
O Big Data coleta informações sobre o solo, o clima, as pragas e até mesmo o comportamento do mercado, permitindo que o produtor tome decisões embasadas e aumente sua produtividade.
Na Pecuária 4.0, sensores acoplados aos animais monitoram sua saúde, nutrição e bem-estar, reduzindo perdas e melhorando a qualidade dos produtos.
Esses avanços permitem um controle minucioso, onde cada detalhe é registrado e analisado para aumentar a eficiência.
O uso de robôs na colheita, tratores autônomos e irrigação inteligente são exemplos de como o Big Data pode impulsionar a automação do setor, tornando a gestão da fazenda mais precisa e menos dependente de processos manuais.
A Integração do Big Data com Blockchain e Automação Agrícola
A combinação entre Big Data e blockchain tem potencial para revolucionar a rastreabilidade dos alimentos.
Blockchain é uma tecnologia de registro digital descentralizado e seguro, onde as informações são armazenadas em blocos interligados e imutáveis, formando uma cadeia.
Ela permite transações transparentes e confiáveis, sem a necessidade de intermediários, sendo amplamente usada em criptomoedas, contratos inteligentes e outros sistemas distribuídos.
Com essa tecnologia, cada etapa da produção pode ser registrada de forma transparente e inviolável, garantindo mais segurança para produtores e consumidores.
Isso significa que o caminho de um grão de soja ou de um boi do pasto até a prateleira do supermercado será totalmente documentado, ajudando a agregar valor aos produtos e a abrir novas oportunidades de exportação.
A automação agrícola, impulsionada pelo Big Data, está permitindo que máquinas se comuniquem entre si, otimizando desde o plantio até a colheita.
Imagine um trator que sabe exatamente onde e quando semear, com base em análises preditivas dos dados coletados ao longo das safras anteriores. Esse nível de precisão está cada vez mais próximo da realidade.
O Impacto da Inteligência Artificial no Setor Agropecuário
A Inteligência Artificial (IA) está ampliando o poder do Big Data, pois permite que os sistemas aprendam e melhorem suas análises ao longo do tempo.
Em vez de apenas registrar dados, a IA pode prever pragas, sugerir o melhor momento para irrigação e até diagnosticar doenças no gado com base em padrões de comportamento.
A gestão da fazenda nunca mais será a mesma, pois a IA poderá recomendar práticas personalizadas para cada propriedade, considerando suas características específicas.
O produtor que adotar essas inovações estará sempre um passo à frente, reduzindo riscos e maximizando sua lucratividade.
Big data ou right data?
No contexto da agricultura e da pecuária, o debate sobre “Big Data ou Right Data?”, levantado pelo pesquisador da Embrapa Evaristo E. de Miranda, é essencial para entender como as informações podem ser utilizadas de maneira estratégica para otimizar processos e resultados.
O termo “Big Data” refere-se a grandes volumes de dados que são coletados de diversas fontes, enquanto “Right Data” aponta para a importância de se ter dados relevantes e de qualidade.
Ambos os conceitos têm suas aplicações e desafios específicos.
Big Data: O Poder da Quantidade
A agricultura e a pecuária estão experimentando uma revolução digital com o uso de Big Data.
Esse termo envolve o uso de tecnologias avançadas para capturar, armazenar e analisar grandes volumes de dados provenientes de sensores, satélites, drones, maquinários inteligentes e outros dispositivos conectados.
Isso permite aos produtores monitorar condições climáticas, saúde do solo, produtividade das culturas e até mesmo o comportamento dos rebanhos em tempo real.
Por exemplo, na agricultura, sensores de umidade e temperatura do solo, combinados com dados meteorológicos e de produtividade histórica, ajudam os agricultores a tomar decisões precisas sobre quando plantar, irrigar ou colher.
Na pecuária, a coleta de dados sobre o peso, saúde e comportamento dos animais, junto a informações de dieta e genética, permite um manejo mais eficiente e aumento da produção.
No entanto, o Big Data, embora poderoso, traz desafios.
A sobrecarga de informações pode resultar em dificuldades para filtrar os dados relevantes.
Além disso, a infraestrutura necessária para coletar, armazenar e analisar esses dados pode ser cara e complexa para muitos produtores, especialmente em áreas rurais.
Right Data: A Qualidade Acima da Quantidade
Por outro lado, o conceito de “Right Data” defende que a qualidade dos dados é mais importante do que a quantidade.
Em vez de acumular grandes volumes de informações, o foco está em garantir que os dados coletados sejam específicos, precisos e úteis para os objetivos do negócio.
No contexto da agricultura e da pecuária, isso pode significar coletar apenas os dados que realmente impactam a gestão da fazenda.
Em vez de monitorar todas as variáveis possíveis, como temperatura do ar ou umidade, um produtor pode se concentrar em variáveis mais críticas, como a variação de pH do solo ou o consumo de água por cabeça de gado, que têm impacto direto no desempenho produtivo e econômico.
A coleta de “Right Data” ajuda a evitar a dispersão de recursos e o uso de tecnologias excessivas que nem sempre são necessárias para a tomada de decisões.
Para pequenos e médios produtores, que talvez não tenham os recursos para investir em grandes sistemas de Big Data, focar nos dados certos pode ser uma estratégia mais eficaz e econômica.
Comparação e Relevância
A escolha entre Big Data e Right Data não precisa ser uma dicotomia.
Na verdade, a combinação dos dois conceitos é a abordagem mais eficaz. Big Data pode fornecer uma vasta base de informações, enquanto o Right Data garante que as decisões sejam tomadas com base nas variáveis mais relevantes.
Na agricultura de precisão, por exemplo, os dados de satélites e drones (Big Data) podem ser complementados com medições locais e específicas sobre o solo ou os cultivos (Right Data), proporcionando uma visão mais holística e ajustada da fazenda.
Isso permite uma gestão mais eficiente, pois as decisões são tomadas com base em informações amplas, mas filtradas para serem aplicáveis e úteis no contexto da propriedade.
Da mesma forma, na pecuária, o monitoramento de grandes volumes de dados sobre o comportamento do rebanho pode ser aliado a dados clínicos específicos dos animais, resultando em uma abordagem mais direcionada e eficaz para otimização da produção.
Uma nova era no campo
O Big Data não é apenas uma das tendências em gestão de fazendas, mas uma necessidade para quem quer se manter competitivo no agronegócio.
Ele transforma a gestão da fazenda, trazendo mais eficiência, produtividade e sustentabilidade.
Seja na agricultura ou na pecuária, tomar decisões com base em dados concretos reduz riscos, melhora a qualidade da produção e aumenta a rentabilidade.
No entanto, para aproveitar ao máximo essa tecnologia, é fundamental investir em capacitação, infraestrutura e segurança da informação.
O futuro da gestão da fazenda está na análise inteligente de dados.
E quanto antes você começar, mais rápido poderá colher os benefícios dessa revolução digital no campo.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Como um produtor rural pode começar a usar Big Data na sua fazenda?
O primeiro passo é mapear quais dados já estão sendo coletados, como registros de produção, condições climáticas e uso de insumos. Depois, investir em sensores e softwares de gestão da fazenda pode facilitar a análise das informações. Além disso, é fundamental buscar capacitação para entender e interpretar os dados corretamente.
Big Data realmente reduz custos na agricultura e na pecuária?
Sim, pois permite otimizar o uso de insumos, reduzir desperdícios e melhorar a eficiência da produção. Com base em análises preditivas, o produtor pode evitar aplicações desnecessárias de fertilizantes, escolher o melhor momento para o plantio e até prever riscos climáticos, reduzindo prejuízos.
Como garantir a segurança das informações coletadas na fazenda?
É essencial utilizar sistemas confiáveis e protegidos contra ataques cibernéticos. Além disso, manter backups regulares e adotar boas práticas de segurança digital, como o uso de senhas fortes e restrição de acessos, pode evitar vazamentos e fraudes.
Por que o Big Data parece ser mais discutido na agricultura do que na pecuária?
A agricultura tem sido mais rápida na adoção do Big Data devido à facilidade de coletar e interpretar dados das lavouras. No entanto, a pecuária também está evoluindo, com sensores para monitoramento de animais, rastreamento de rebanho e otimização da nutrição, tornando-se cada vez mais digitalizada.
O uso de Big Data é viável economicamente para culturas e criações de pequena escala?
Sim, o uso de Big Data pode ser viável economicamente para pequenas escalas, desde que você comece com soluções acessíveis, como aplicativos básicos de monitoramento, e foque em benefícios diretos, como reduzir desperdícios e aumentar a produtividade, mesmo que o retorno venha a médio prazo.